segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

De volta á labuta!

Tantas providências antigas, e tantas novas que se aproximam.
Já viraram pendências, e eu já estou na dívida. Atrasada, para o ano que mal chegou. 
O reveillon é uma varsa, o ano nunca termina. O que chega é a extensão do que termina, e não há férias, só a ilusão de merecê-las.
Eu caí na farsa, acreditei nos dias de folga, e não sei como voltar para a realidade que nunca deixou de estar.
Acreditar que terminamos de cumprir com todas as nossas obrigações?  Nós estamos em eterna dívida, porque o homem é fraco demais para viver sem rotina, ele não aguenta realizar o tamanho de sua insignificância. Para isso cria suas rotinas, para acreditar que tem alguma função no mundo. Talvez até tenha, mas ainda assim pequena para toda a sua ambição.
Nós devemos, antes de para com os outros, com a gente. Eu não mereço essa passagem, esse tempo livre.
Quase acreditei nele, quase nadei ás braçadas na mentira. Agora preciso sair da piscina, desse falso útero confortável que não passa de uma caixa aberta com água e fluor.  É preciso pisar novamente no chão quente de terra, e voltar ao trabalho de dar sentido a minha vida.


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